Entendendo a Salvação
Notas
da aula do Pastor Fábio.
Hoje em dia
minimiza-se a salvação por não se entender o que ela é.
Primeiramente, tente
responder a seguinte pergunta: o que é salvação? Você é salvo de quê? O que vem
a ser um salvo? É alguém levantou a mão durante o culto, foi a frente, o pastor
orou e pronto, este está salvo? Essa é uma cultura americana. Isto não
representa a salvação, não é bíblico. Para ser salvo, é preciso entender o que é
salvação. É preciso gastar tempo para explicar o plano de Deus para o homem.
Atualmente, a salvação é reduzida e oferecida no estilo “fast-food”: “4 leis
espirituais”, “5 passos para a salvação” e etc. Com isso, a pessoa fica sem
entender o que é salvação e acaba aceitando algo que não compreende.
A salvação torna-se
necessária porque existe pecado. Pecado gera morte:
“...não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gn 2:17.
“porque o salário de
pecado é a morte.” Rm 6:23.
Quando o homem pecou, passou a merecer a morte. Deus é santo, puro e justo e não se relaciona com aquilo que é impuro. Naquele momento, o homem deveria ter sido fulminado por Deus. Porém, quando Deus criou o homem, ele sabia que o homem iria pecar e, sabendo disso, já havia preparado a solução para que pudesse novamente se relacionar com o homem. Se esta solução não tivesse sido preparada antes da criação do homem, simplesmente não haveria vida humana sobre a Terra. O sacrifício de Jesus, já havia sido feito antes mesmo da fundação do mundo. Veja em I Pe 1:19 e 20 “...o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém, manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.” O sacrifício de Jesus é que nos permite vitória sobre a morte, ou seja, acesso a vida, acesso a Deus. Por isso foi necessário que este sacrifício ocorresse antes da fundação do mundo. Caso contrário a vida humana teria acabado quando o homem pecou. Deus sabia que o homem iria pecar e mesmo assim o criou.
É importante
ressaltar que qualquer um de nós teríamos feito a mesma coisa se estivéssemos no
lugar de Adão e Eva. É só olhar para nossas atitudes, nossos pecados, nas
besteiras que fazemos e pensamos.
Após dar o veredicto
para o homem, para a mulher e para a serpente, Deus faz uma promessa: “Porei
inimizade entre tua descendência e o seu descendente...”. Gn 3:15. Esta é a
primeira referência feita ao necessário redentor capaz de efetuar a purificação
pelo pecado, bem como apagar a horrenda pena que este acarretara. Veja que
“descendente” está no singular e não no plural. Isto mostra o interesse de Deus
em salvar o homem.
Quando o homem peca,
ofende a Deus. Deus é santo e não se relaciona com o que é impuro.
O pecado afetou todo
o universo que havia sido perfeitamente criado. A partir daí várias coisas
passaram a acontecer, como pro exemplo, catástrofes naturais, buraco na camada
de ozônio e etc.
Então, se o
sacrifício de Cristo é a única maneira do homem ter vida, porque o homem que não
reconhece isso continua vivendo?
O homem só não é
completamente destruído porque existe algo chamado “graça comum”. Isto é que faz
com que ímpios e justos amanheçam e vivam. O homem, após pecar, tornou-se o
oposto de Deus. A bondade que ainda se vê no homem vem de Deus.
Graça também pode ser
definida como a paciência de Deus que permite que o homem esteja
vivo.
Em romanos 3, Paulo
dá o retrato do homem. Iguala a todos. Não há ninguém que seja bom, santo e etc.
A disposição natural do homem é errar. Davi se conscientiza disso e diz: “nasci
em pecado”.
O homem se compara com outro homem quando diz ser bom. Só que o homem não foi criado a imagem do homem, o homem foi criado a imagem de Deus. A comparação tem que ser com Deus. Comparado com Deus, todos pecaram. Às vezes, nos assustamos com nós mesmos. Temos pensamentos horríveis, nojentos e absurdos. Por isso, antes de acharmos que somos bons, precisamos nos comparar com Deus e examinar nossas atitudes.
Atualmente, um dos grandes problemas é que nossa geração não se sente mais pecadora e nossa mensagem não ataca mais o pecado. “Dificilmente nos sentimos devedores de Deus”. Deus requer do homem perfeição, porque o criou perfeito.
Quando pecou, Adão
buscou roupas para se cobrir. Hoje, também recorremos à “roupas” para cobrir
nossas vergonhas. Estas roupas são as religiões. Existem para tentar cobrir
nossa vergonha.
O pecado é horrível
porque ele é contra Deus que é perfeito. Deus é bom, justo, amoroso, santo, fiel
e criador de tudo.
Não há relacionamento
entre o perfeito e o impuro.
Nada que o homem faça
pode acertá-lo com Deus. Só Ele poderia fazer algo. O sacrifício, quem fez foi
Deus.
Deus nos deixou a lei
para ligá-lo ao homem (dez mandamentos). Porém, o homem não consegue alcançar
este caminho perfeito devido a sua natureza pecaminosa. Mas isto não o isenta de
tentar fazer o certo.
Jesus, no sermão do
monte, deixa a lei mais difícil ainda de ser cumprida. A lei dizia: “Não
adulterarás” Jesus disse “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em
seu coração cometeu adultério com ela.”
Antes Deus se
relacionava através da lei (os mandamentos) depois vem Jesus e “piora tudo”,
dizendo que só em olhar já cobiçou.
Deus se fez homem
perfeito (Jesus), Ele sim cumpre toda a lei para salvar a
humanidade.
Não há como o homem
atender todos estes requisitos. É preciso reconhecer que é pecador.
No livro de Isaías
Deus fala que está cansado de sacrifícios (rituais, religiões). O que Deus quer
ver é mudança de vida. O homem usou a estrutura religiosa para ofender a
Deus.
Na parábola do jovem
rico (que se achava bom e conhecedor da lei), Jesus mostra que ele é mau. Este
jovem achava que a religiosidade era tudo.
Nós somos o homem
rico, nós é que precisamos largar tudo e seguir a Jesus.
Deuteronômio,
capítulo 28: bendito eu serei na terra quando cumprir os estatutos de
Deus.
Então, como Deus pode
perdoar pecadores e chamá-los de filhos?
Isto só é possível se
o homem for perfeito, se cumprir toda a lei. Foi o homem que pecou contra
Deus.
Era necessário vir o
homem (Jesus). Só ele cumpriu o que nenhum de nós conseguiria. Ele fez isso para
que tivéssemos, através dele, acesso à Deus.
II Cor 5:19 “Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.”
No jardim, Jesus
disse: “se for possível, passe de mim este cálice.”
Este era o cálice da
ira de Deus. O cálice da ira de Deus foi derramado sobre Jesus. Toda a ira de
Deus contra o pecado. É o que a justiça de Deus exige e Jesus pagou por
isso.
Quando dizemos que
somos salvos, somos salvos do próprio Deus.
Na cruz, Jesus chama
Deus de Deus e não de pai, como nas vezes anteriores. Deus olha para Jesus como
se fosse um pecador pagando por todos.
Na cruz Jesus estava
carregando a separação de Deus. Deus olhou para Jesus como se ele fosse um
pecador.
Em Isaías encontramos
que “Agradou a Deus moê-lo.”
Quando aceitamos a
Jesus, somos salvos de Deus, da ira de Deus. Jesus pagou por nós. Se não
reconhecermos este sacrifício, receberemos o que merecemos: a ira de
Deus.
Na cruz, Deus não
enxergou Jesus como um filho, mas como um pecador que precisava pagar por toda a
humanidade. Foi o único momento em que Jesus chamou Deus de Deus e não de
pai.
Graça salvadora
significa: Eu te considero limpo, mesmo você sendo sujo. O homem não precisa ter
mais medo da lei, embora deva tentar segui-la. É o que Deus quer.
O evangelho é a única religião do mundo que prega a graça.
O problema do homem
não é o que ele faz, mas sim o que ele é.
Não devemos querer
mudar as atitudes do homem para que ele seja salvo, devemos entregá-lo a Deus.
Devemos mostrar ao homem, que existe solução através de Jesus.
Não adiante atacar as
atitudes erradas. A consciência do pecado e a aceitação do sacrifício de Jesus é
que irão fazer as coisas mudarem. Não adianta ocorrer mudança, tem que haver
transformação. Vida transformada!
O pecado foi contra
aquele que é eterno, logo a punição será eterna. Deus governa no céu e Deus
governa no inferno também. Não é o diabo que governa no inferno.
Não tínhamos paz com
Deus e agora temos salvação em Jesus Cristo. Rm 5:1. Jesus nos confronta, mostra
quem somos.
Salvação é mudança de vida. Mudança de caráter.
A oração do crente
todos os dias deve ser: tenha misericórdia de mim porque sou um
pecador.
“Quando você receber algum estudo ou ouvir uma pregação, lembre-se que alguma mudança precisa ocorrer em sua vida dentro de um período de 24 horas, caso contrário, a mudança não ocorre mais, não traz transformação de vida.”
Muito boa publicação. Isso é um manual de vida.
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